Vocábulos - Alma do Poeta: Uvas e terrina

20 de out. de 2011

Uvas e terrina

Dedicado carinhosamente a Ivana Schafer, uma poetiza mutante e anárquica.

 "hoje eu faria
um poema tão fino
batendo num sino
que achei num tesouro
num sonho dourado
poema magia
depois te daria meu sino de ouro"
(Alceu Valença e Carlos Pena)

Esse sino poeticamente de ouro, doarei Para Ivana Schafer


Numa ânsia
análoga a qualquer outra
despenca-me uma vontade supimpa
de escrever um poema
porém de súbito
a inspiração
não estava em mim

E eu me senti desamparado
com ausência dos vocábulos
como um passarinho bebê
(se sentindo só no ninho)
quando a ave mãe alça vôo
em busca de sustento

Estou numa mesa retangular
e a minha frente
a baia da Guanabara
anti-posta a ponte Rio Niteroi

No centro da mesa
há uma terrina
contendo uvas verdes, resolvo degustar
e ao sabor da fruta
lembrei-me de Woodestok
resolvi ouvir Jimmi Hendrix
e os meu ouvidos deliraram
com o esmero
com que é tocada uma guitarra

Na terrina
haviam três uvas
uma minha, a outra
guardei pro meu amor secreto
sim! digo secreto
porque para conquista-la
encarei um exército de pretendentes
entremeando-me entre eles nocautiei todos

Após a vitória gritei para o mundo
da nossa felicidade
(sem no entanto expô-la)
a terceira uva representa a felicidade
da conquista, então lute e relute por seus ideais
"perseverança é a base da sabedoria humana"

- foi muito tempo para conquistar esse amor que chamo de secreto, para não correr o perigo da minha intimade para com ela.



Um comentário:

  1. so hj meu amigo Mário vi este poema. que vc me dedicou...oq ue posso te dizer ? diante de tanta ternura e carinho...obrigada e mto obrigada por ser meu amigo......e obrigada pelo sino.vou guardar dentro do meu coração

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