Vocábulos - Alma do Poeta: Insonia e Asfalto

20 de out. de 2011

Insonia e Asfalto


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   "O que és tu poeta
        senão o sopro fugaz do vento
            devolvendo ao nascedouro de outros sonhos
                nas entrelinhas da pauta de um existir"

- Rosana Souza, uma homenagem pelos lindos versos.
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Faço
das noites
copos vazios
faço
das madrugadas
o subterfúgio
de mim mesmo
feito um hermafrodita
isolado no silêncio
que se destaca em meio às serestas
e aos sussurros dos corpos
em competição
(ou desafios)

Fico
por um fio
até que amanheça
feito alvorada
de mansinho pela estrada
e eu titubeando
corpo indisposto
da noite em insônia

À tardinha
me alegro
com o lusco-fusco vespertino
momento único para mim
nos ponteiros do roteiro
que registra ao tempo
solto o pensamento
e me sinto revigorado

Porém
a noite
logo vem novamente
e eu só, ser tem quem
não vejo ninguém
ao alcance de minhas mãos

Então leio as poesias de:
- Amarilis
- Amartvida (nina)
- Regina Ragazzi
- Ingride Caldas
- Irene Duarte
- D'Vilarinho
(uma pausa para a emoção)
- Bekin Bassan

meu sorriso vira uma maçã
ganha dimensão interestelar
abro ovinho/tomo a taça
o queijo? - trem de minas
lembro o clube da esquina

- Ah! se o maestro Wagner Tiso
soubesse desse momento
em que quero uma sonata
Declamarei versos para minha amada:
        "E no fulgor
         extasiante
         do meu anseio
         por um corpo feminino
         fico feito um anonista menino
         na cabeça mil fantasias
         entre e o sol e o luar
Porém
guardo
o oceano de gametas
para quanto eu copular.

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