#E eu feito um urso polar hibernado
meu eu clama dilaceradamente por poesia
ao desibernar-me saciei-me de versos Vilarianos#
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Percebo
um homem todo de branco
caminhando pela beira da praia
de ponta-negra
Calça dobradas até os joelhos
(feito pescador)
Um olhar reflexivo
sempre mirando para a frente
e em cada pequenas porções
de água estagnada
percebi que ele imersava os pés
por alguns segundos
e fitava o horizonte concentradamente
Pouca gente na praia
nesta matina de verão
e eu acompanho-o atentamente
sem perdê-lo de mira
Um instante
aquele moço ficou estático
completamente quieto
braço abertos para o horizonte
do céu, com o vertical do mar
neste instane fechou os olhos
e eu como que induzido
por uma energia telepática
fechei meus olhos também
a partir deste momento
não me lembro mais de nada
nem quanto tempo fiquei ali
só sei que quando abri os olhos
não vi mais o moço
nem estava na praia,
achei-me no meu quintal
onde por entre as árvores
vivo a contemplar a lua.
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