dedicado carinhosamente a mim mesmo, porque o tema me comove.
Quando
a cidade adormeceu
eu não estava em mim
nem estava em ti
Quando
a cidade adormeceu
eu vi o grito
de socorro dos que não tem teto
e eu me desesperei
em choros e prantos
Quando
a cidade adormeceu
eu ouvi o uivar dos lobos
parcendo vampiros
famintos por sangue
e o meu eu dilacerou de compaixão
pelos desvalidos dentro da noite feroz
Se a música é amor
então ame
então cante
então toque
e no toque
perceba a minha presença
Quando
a cidade adormeceu
tudo se fez silêncio
tudo se fez sinfonia
menos as cirenes de ambulência
(transportando indulgentes)
e as cirenes das rádios patrulhas
recambiando os deserdados
...silêncio...e eu ...a soluçar.
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