Vocábulos - Alma do Poeta: Eu e o Cosmo

20 de out. de 2011

Eu e o Cosmo

"A coisa mais certa de todas as coisas
não vale um caminho sob o sol" (Caetano Veloso)

Na solidão
infinita do cosmo
vejo meu delírio urbano
como um quadro gótico
(ou renascentista)
e entre tantos adereços
eu me desato
feito um nó desfeito
arrancando do peito
o que é inverso a bondade
como a solidão atrevida
a querer nos dominar
ou como os vícios da vida
a querer nos encarcerar

E eu
que andava aleatório
bati com a cara no finito
bem ali no horizonte do céu
com o vertrical do mar
e não tive forças para romper o broquel Divino.
Esta cortina que encerra
o encontro de céu e mar
é finita aos nossos olhos
mas, vai muito além da visão
ela encerra-se na parede interna do planeta

Quem sabe quem é o meu grande amor?
- é a poesia rejeitada pelo coletivo.

Na estrada da vida: fui a pedra de sísifo
                           fui os dozes trabalhos de Hérculesa
                           fui a força dos cabelo de Sansão
                           fui um espartano desintegrado
                           fui a retórica de Mahatma Ghandi.

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