Sou
como fragmento
reciclado
num universo
onde o habitat
é repleto de pessoas especiais
(no jeito de serem e de estarem)
Do ouro
quero ser o garimpo
da prata
quero ser a procura
da ostra
quero ser a ferida
assim sendo sou péróla (em breve)
Sendo pérola
sou almejado e cobiçado
pela nobreza e sua suntuosidade
sou disputado pelas monarquias
fidalguias
dinastias
corte real (império britânico)
Mas, nada disso
tem para mim
o valor que uma poesia tem
na caneta do poeta mais humilde
(como Patativa do Assaré)
ou mais ousado
(como Arrigo Barnabé)
Com a poesia
não preciso garimpar ouro
(a poeisa é ouro em fluente germinação)
não preciso me pratear
botar cordão pesado no pescoço
agora a ostra tem a ver com a poesia
porque das feridas em dor
ela transforma-se em delírio de amor
- Num é Márcia Vilarinho?
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