Vocábulos - Alma do Poeta: Na intimidade do meu silêncio.

20 de out. de 2011

Na intimidade do meu silêncio.


Ao chegar
em casa ontem
tive uma ideia
um tanta estranha

Fui induzido
a comprar um maço de velas
dei preferência
para a cor lilás

Fui também
naturalmente induzido
a aguardar a madrugada
com seu silêncio milenar

Enquanto ela não chegava
fiz orações agradecendo
por todas as coisas que me circundam
promovendo prazer ou dor

Agradeci minha ancestralidade
se não eu não existiria
agradeci pelas amizades
em especial a dos poetas

Porém
no instante que agradeci
pelas inspirações, uma energia
diferentemente me envolveu
neste instante apaguei
todas as luzes do ap
abri a janela pela qual
todos os dias meu anjo-da-guarda
me visita, adentrando feito passarinho
sentei-me no centro do círculo
formado pelas referidas velas

Decorre que
no meio deste sonho
ao abrir os olhos
estava eu nas nuvens
junto as bolas de algodão
e de lá vi minha inusitada janela
aberta para a madrugada
e o azul do céu se fundiu no lilás das velas
na totalidade de doze unidades,
que de suas chamas pareciam sair
anjos e mais anjos, de cada vela
vi se multiplicar os anjos, um tremendo exército
e eu em meio às nuvens, tremi nas bases
...quando acordei senti uma sensação
que havia sido resgatado pelo juizo final

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