Vocábulos - Alma do Poeta: Anacleto Jacutinga (Entre sincretismo e drogas) Part I

20 de out. de 2011

Anacleto Jacutinga (Entre sincretismo e drogas) Part I


Jacu
como era
popularmente conhecido
fora um desses camaradas
que teve facilidade
para sair de corda bamba
sem tomar queda
e também sair de embaraços
vitorioso e sorridente

Anacleto Jacutinga
era desses baianos
que se destacava
na multidão
pela beleza máscula
aliada a sua negritude

Ganhava dinheiro
com a capoeira
ao ar livre
em frente ao mercado modelo
(cidade baixa de Salvador)
costumava abordar os turistas
no desembarque do elevador lacerda
e também do bondinho inclinado

Costumava contar a história
da Bahia e seu folclore
com eloquente prazer
sabe, aquelas pessoas
que concentra com destreza e maestria
as atenção dos outros, assim o era
(com facilidade e gestos)

Conhecia o mercado modelo
na palma da mão, com seus subterfúgios
e segredos seculares

Dos sete pecados capital
ele dizia, que aí estava
a raiz de todos os males
e que a alegria, era o antídoto
para as contrariedades,
por isso vivia a sorrir

Nunca trabalhou de carteira assinada
era um mambembe do capitalismo
porém, Jacu, era usuário de Cannabis Sativa
e ganhava gorjetas brabas, fazendo aviões
para gente da cultura: artista de músicas,
artistas plásticos, artezões,  etc.
Não tardou ingresar no pó (precussor de vício)
aí as gorjetas eram maior ainda
fazia aviãozinho pra elite; pra burguesia

Entretanto
quando conheceu o desgaçado do crack
sua vida entrou em declício acelerado.

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