Dos
versos
que sonambolantemente me permeiam
em noites pirilampos
Da
concentraçao
lembro dos campos minados
perdendo soldados
livrando-os
das amarguras dos peasdelos
Meus versos
em resíduos fragmentados
clamam por vocábulos nobres
como eles não chegam
nos intervalos da insônia
sinto o odor da hamônia
in-narina adentro
Se
o alprazolan
me retira da manhã
a nobreza e beleza do arrebol
onde se esconde o meu sol?
que dele o meu eu se perdeu.
Porém
se na noite eu me acho
por inteiro
com as estrelas
então elas me pertencem e eu a elas
a noite sou puro espelho lunático
e se a é lua cheia
sou inteiro, sou total
entretanto em quarto minguante
sou resíduos de cintililância
Honrosamente
se tenho as estrelas como parceiras
jamais deixarei de ter brilho próprio
reluzente - re-luz-ente
e neste infindo cintilante
lembro dos amigos poetas
é eles mesmos as estrelas que me refiro
me tornando estrela entre eles
visto meu terno
pra ficar elegante
Aproveito improviso um palco
e faço um discurso feito um poema:
"amigos poetas, entre sóis
e entre luas
estamos nós soprando versos
no meio do tempo
no meio das ruas
por entre sol e por entre lua
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