Ao
contemplar
o meu semblante num espelho
num momento
peculiar
percebi o quanto
o tempo
nos rouba (ou frusta)
nossa idade
No ápice
da terceira idade
a ida
a vaidade
mostra a certeza do tempidade
(tempo e idade)
Óbvio
a culpa é do espelho
porém se nele está
a verdade in loco
ninguém escapará
da certeira idade apresentada pelo espelho
Se minha foto
não fosse tão amarelada pelo tempo
e não me denunciasse
(pelas rugas de diferença)
aí sim!!!
a foto seria algo genial
mas, genial mesmo
só o espelho
refrata nossa real ida
ao pretérito, enfocando o presente
então incorporemos ele (o espelho)
como elemento de pura emoção,
instantaneamente
Debalde
neste momento
convido o leitor a fazer
essa leitura diante do espelho
e descrevê-la, dissertar
leia o que ele mostra
faça um rascunho e solte
por entre as folhas caidas
com a chagada da primavera
e na renovação
das folhas dentro dos espelhos
renascemos também
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